Foi em 1949, pelo sonho e vontade do Dr. José Constantino Correia Rosa, que nasceu em Caldas da Rainha a história da marca Correia Rosa.
Atualmente, a empresa (com o mesmo nome) tem três farmácias: Caldense, Rosa e Santa Catarina, e o nome do fundador é honrado pela família e por uma equipa especializada no atendimento farmacêutico de excelência.
Catarina Rosa Tacanho, Diretora Geral das Farmácias Correia Rosa, é neta do fundador e sócia gerente. Desde 2003, é a “mulher do leme” desta empresa sólida que se adaptou a novos dias e que olha em frente com um otimismo de futuro saudável.
P: Que significado têm os 75 anos das Farmácias Correia Rosa para quem a representa?
R: Uma imensa história que perdura no tempo! A valorização do empreendedorismo do meu avô, fundador do grupo.
P: Como é que surgiu a possibilidade de ficar à frente dos destinos da Farmácia Rosa? O que levou o negócio a passar de avô para neta?
R: Em famílias pequenas, não havia grande alternativa, tendo saltado uma geração, pois as filhas do meu avô não assumiram a gestão da empresa. É um orgulho poder continuar com o legado do meu avô.
P: Pode partilhar connosco uma história ou memória especial que tenha sido passada de geração em geração?
R: Não trabalhei diretamente com o meu avô, e muito do que conheço dele em termos profissionais foi-me passado por pessoas que trabalharam com ele, ou por clientes que se lembram dele. Era uma pessoa de pessoas, e ainda hoje se mantém esse ADN na empresa.
P: Como tem evoluído a farmácia desde a sua fundação até aos dias de hoje? Quais foram as maiores transformações?
R: Quem não se lembra das receitas em papel com letras indecifravelmente confusas? Atualmente recebemos comodamente a receita através de um sms nos nossos telemóveis. Esta é apenas uma das muitas mudanças neste sector. A farmácia evolui também para um local e prestação de serviços e cuidados de saúde e não apenas um aviar de medicamentos. Em muitos locais somos a única instituição de saúde aberta de manhã à noite!
P: Quais são as maiores responsabilidades e desafios diários?
R: Conseguir medicamentos para as pessoas. Atravessamos uma fase em que, por condicionantes geográficos ou económicos, há escassez de muitos medicamentos. Trabalhamos todos os dias para conseguir colmatar esta situação, e nem sempre é fácil. Outro grande desafio são os recursos humanos. Somos já 34 pessoas nesta empresa.
P: Como descreve a relação das Farmácias Correia Rosa com os seus clientes? De que forma esta relação tem evoluído ao longo dos anos?
R: É uma relação muito próxima, de empatia e disponibilidade. Mantemos essa característica ao longo destes 75 anos. É para isso que trabalhamos todos os dias, com recurso a formação, marketing e trabalho de equipa.
P: Que papel acredita que as Farmácias Correia Rosa desempenharão na saúde pública nos próximos anos?
R: Com o alargamento de serviços prestados nas farmácias comunitárias, vamos estando cada vez mais presentes no dia a dia da população.
P: Há algum episódio engraçado ou curioso, que gostasse de partilhar?
R: Todos os dias temos episódios curiosos, histórias de superação, casos bem-sucedidos, outros menos bem. É difícil descrever apenas um!
P: Qual foi o marco que o seu avô deixou e qual gostaria de deixar para a próxima geração da família Rosa?
R: Uma empresa sólida, assente em valores humanos e sérios. Cuidar da saúde de todos, dentro e fora de portas, sem julgar.
setembro de 2024