Do mais novo ao mais antigo membro da AJúlio Mobility, César Marques representa a equipa desde 1994.
Passados 30 anos desta aventura, recorda como iniciou a sua carreira no setor automóvel e como os tempos foram mudando com os anos. Histórias e gerações estão marcadas no coração do nosso colaborador.
1 – Dizem que é o Vendedor mais antigo na AJúlio Mobility. Fale-nos disso.
Realmente é verdade, entrei no Grupo no ano de 1994 para abraçar um projeto de uma das marcas automóveis do Grupo. A ideia era exclusividade para automóveis de passageiros. Não tinha qualquer experiência no ramo, mas tinha muita vontade. Fiz formação em Vila Franca de Xira e Lisboa durante quase um ano, o que me obrigava a fazer viagens diárias de ida e volta por estradas que não eram as de hoje. Era o Vendedor mais jovem da equipa, e alguns davam-me seis meses no lugar, talvez devido à falta de experiência ou também devido à minha personalidade. Contrariando os mais céticos, aqui estou ao fim de trinta anos, com altos e baixos, atravessando as mais diversas crises do setor e mantendo-me fiel à minha maneira de ser.
2 – Tendo o setor automóvel uma rotatividade de profissionais acima da média, o que o levou a estar este tempo na AJúlio Mobility?
Como em todos os setores, a rotatividade depende muito do ambiente das empresas, da personalidade dos empregadores, e se estes apoiam ou não quem lá trabalha. No meu caso, após ter tido, como todos no setor, altos e baixos, confesso que por vezes terei pensado em sair. Mas senti sempre que a empresa estava comigo.
Falamos numa empresa que me viu crescer, apoiou-me sempre quando necessitei e onde é possível falar sem rodeios. É verdade que nem sempre estamos de acordo, mas a vida é mesmo assim, e o que me importa é que estou numa empresa em que as pessoas verdadeiramente contam.
3 – Que principais mudanças ocorreram no setor automóvel nos últimos 5 anos? E essas mudanças, sente-as como uma ameaça ou como oportunidade?
Para mim, a revolução digital é a grande alteração existente no setor. Não vejo como ameaça, é sempre mais uma oportunidade. A outra grande alteração são as diversas motorizações existentes que vão alterando a diversidade de mercado e que dificulta a decisão de quem compra.
4 – O cliente de “lead” online é muito diferente do cliente de stand?
Sim, realmente os clientes são muito diferentes. Não existe um contacto tão pessoal no cliente “lead”. A facilidade de um “click” dificulta-me a mim, por vezes, a análise de perceber se estamos perante um potencial comprador ou de um simples “curioso”. No cliente “stand” a abordagem é diferente, temos um contato presencial com, diria, mais relação humana que, afinal, é a base de uma boa relação comercial.
5 – O que entende que o distingue na sua relação com os seus clientes?
Devo dizer que não consigo agradar a todos, mas grande parte do meu sucesso creio dever-se ao cuidado com o detalhe, à relação humana que consigo consolidar com o meu cliente para além da relação comercial. Tento sempre que, efetivamente, o cliente esteja no centro da minha atividade.
6 – Conte-nos um episódio interessante da sua carreira que será “história para contar aos netos”.
Não consigo. São muitas as histórias que já tenho para contar aos meus netos. Mas tenho uma memória que ficará para sempre. O primeiro automóvel que vendi ficará sempre na memória. Inesquecível também é entregar uma viatura à 3ª geração de uma família. É a “cereja no topo do bolo”. É, para mim, uma satisfação muito especial ter como clientes da mesma família: pais, filhos e netos.
7 – Que conselho daria a quem se inicia na função de Vendedor automóvel?
Deve ler muito. Deve ter muita paciência. Deve ser muito persistente.
Novembro 2024