Com mais de 30 anos de experiência no setor automóvel, o Grupo AJúlio consolidou-se como um dos principais nomes no mercado, graças à sua capacidade de adaptação e inovação. Através da AJúlio Mobility, a área da mobilidade é trabalhada com estratégia e compromisso, com vista a dar a melhor resposta ao cliente.
A adaptação à era digital desencadeou processos de digitalização e recentemente foi criado o novo website do negócio automóvel. Com uma área de influência que abrange o distrito de Leiria e o Norte de Lisboa, a AJúlio Mobility quer ser referência na venda de viaturas novas, no após-venda, rent-a-car e pronto socorro.
Em entrevista, Bruno Sousa, administrador do Grupo AJúlio, partilha a visão estratégica que tem guiado o grupo, os desafios enfrentados e as perspetivas para o futuro, num momento em que a indústria automóvel atravessa grandes transformações.
P: São mais de 30 anos de experiência no setor automóvel. Que balanço faz deste percurso?
R: Fazemos um balanço muito positivo. Foi o setor automóvel que permitiu adquirir conhecimento e confiança para entrar noutros setores, que têm hoje maior expressão no Grupo que o próprio setor automóvel. É verdade que nos últimos 10 anos temos consolidado. Tomámos a decisão estratégica, felizmente em tempo, de não crescer mais neste setor, porque antevíamos – conforme está a acontecer, uma grande mudança no setor, obrigando a grandes investimentos, mas com um retorno do investimento cada vez mais baixo.
P: De que forma é que a transição para a mobilidade elétrica está a impactar a empresa e quais são os planos para este segmento?
R: Até ao momento não tem impacto. O parque circulante destas unidades é ainda diminuto. Dentro de 10 anos, e se o volume de vendas de viaturas elétricas continuar a aumentar, poderemos ter os primeiros impactos no após-venda e também na nossa área de venda de combustíveis fósseis.
P: Relativamente à aposta das marcas chinesas na Europa, são uma ameaça ou uma oportunidade?
R: As duas! Uma ameaça, uma vez que as viaturas chinesas são subsidiadas na sua produção, o que poderá originar uma “guerra de tarifas” entre a Europa e a China. Mas também uma oportunidade para quem comercializar viaturas chinesas, já que poderá ter preços mais competitivos e tecnologias diferentes das marcas não chinesas.
P: Quais os principais desafios que a empresa/setor enfrenta atualmente e que perspectivas tem para o futuro a médio/longo prazo?
R: Os principais desafios, para além do estado da nossa economia/procura, serão a diminuição gradual da margem das viaturas e as altas expectativas e exigências impostas pelos importadores. Gerir estes dois pontos será, certamente, um desafio.
P: Que conselhos daria a novos investidores no setor automóvel?
R: Sugiro uma avaliação muito cuidada antes de avançarem para o setor automóvel. Caso a intenção seja a de ganhar grandes margens, acompanhada da expectativa de rápido retorno do capital investido, então posso desde já aconselhar a não entrarem neste setor.
P: O que distingue a AJúlio Mobility de outros players do mercado?
R: Queremos acreditar que valores como seriedade, respeito pelo comprador, dimensão para conferir as melhores oportunidades e cumprimento dos acordos celebrados ainda fazem a diferença. São esses valores que defendemos todos os dias.
setembro de 2024